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sexta-feira, 22 de abril de 2011

Luis Dourdil

Tomei conhecimento da sua obra na exposição do final do ano lectivo de 2010 que a Sociedade Nacional de Belas Artes levou a cabo no seu salão de exposições. As imagens que colhi pecam por falta de qualidade mas, ao vivo, o seu trabalho é apaixonante.






Pintor e desenhador autodidacta português, Luís César Pena Dourdil nasceu no dia 8 de Novembro de 1914, em Coimbra, e faleceu em 1989, em Lisboa.

Foi realizando, a par do seu emprego como artista gráfico, a sua obra aproveitando o máximo das concepções figurativa e abstracta.

Figuração/abstracção e desenho/pintura foram os binómios em que se construiu e desenvolveu a obra deste artista.

O seu quadro Peixeira Sentada (1960) é uma das suas obras mais conhecidas, assim como as pinturas murais do Café Império (1955).

Durante os anos 1940 e 1950, a temática das suas obras foram as figuras populares, em composições claramente inspiradas na pintura cubista de planos transparentes de Jacques Villon. Aliás, em 1963, Luís Dourdil realizou uma pintura decorativa homenageando o pintor (Operação cirúrgica). Esta homenagem serviu também de despedida e Dourdil passou a praticar um desenho de linhas mais sensíveis revelando, em desenhos ou pinturas, valores de harmonia luminosa, tornando-se mais íntima a relação entre a concepção e a execução.

Luís Dourdil, herdeiro das correntes cubo-expressionistas, adaptou-as à sua obra aproveitando as lições de Villon no que respeita à arquitectura do espaço, na atenção às verticais, nos planos frontais onde se insere a figura humana mas conferindo-lhe uma sensibilidade que resulta num jogo subtil de transparências definidor de espaços, servindo, simultaneamente, uma pessoal procura de luminosidades.



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